RESUMO: This dissertation investigates meaning-making in children’s joint-reading transactions with literary apps. The analysis of meaning-making focuses on embodiment as a central aspect of literary app’s texts and their reading and on children’s negotiation of agency in the act of joint-reading. Meaning-making is understood through a multimodal social semiotics perspective, which considers that meaning is realised in the dynamic transaction between reader, text and social context. Therefore, the dissertation integrates the analysis of the apps and of the children’s responses to capture the dynamics of meaning-making in such transactions. Case studies were conducted with six families, who read the apps The Monster at the End of This Book (Stone & Smollin, 2011) and Little Red Riding Hood (Nosy Crow, 2013) in an English public library. The central method of data collection involved video-recorded observations of parent-child joint-reading events, complemented by graphic elicitation, informal interviews and a questionnaire. The video data was analysed through multimodal methods. The findings indicate that the participant readers used their bodies not only as a material point of contact and activation of the interactive features but also as a resource for meaning-making in their transactions with the apps. The reader’s body was essential in their engagement with the material and interactive affordances of the apps, in reader’s expressions of their responses, and in the sharing of the reading experience with the parents. The body of the reader, through spontaneous and interactive gestures, is a mode of communication in the multimodal ecologies of both the text and the reader’s responses. Furthermore, the child readers constantly negotiated their agency within the constraints posed by the text, which include the narrative itself and its interactive features, and those posed by the joint-reading situation. The bodies of the readers played an essential role in this dual negotiation of agency. Children’s agency in relation to the text was scripted, that is, the readers exerted their agency within the limitations of a script. The script, however, allowed readers to improvise, and their performances also involved resistance to the script through playful subversion. In the joint-reading event, children’s agency was foregrounded, positioning the children as protagonist readers, who performed most of the interactions and lived the aesthetic experience of the text fully, to the expense of their parents, who mostly participated as supporting readers, transferring their agency to the children through scaffolding.

 

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RESUMO: O Objetivo desta pesquisa foi compreender as formas e condições de apropriação da cultura escrita digital por crianças de camadas médias, consideradas com alto nível de letramento digital, que possuem fácil acesso a computadores e Internet no espaço doméstico e escolar. Nessa perspectiva, nos valemos dos estudos sobre a história da cultura escrita realizados por Roger Chartier e Eric Havelock, da sociologia da família, mediante contribuições de Pierre Bourdieu, François de Singly e Bernard Lahire, e das discussões de Magda Soares, Carla Coscarelli e Isabel Frade sobre alfabetização e letramento digital. Partindo de uma perspectiva qualitativa, desenvolvemos a pesquisa de campo com oito crianças de sete a dez anos de idade. Realizamos observações da aula de informática da escola, anotações no caderno de campo e entrevistas semi-estruturadas com as crianças, suas mães, professores regentes e professora de informática. A partir dos dados coletados, destacamos que as formas de apropriação da cultura escrita digital têm suas especificidades conforme o espaço no qual é transmitida e que as práticas de um espaço e de outro se entrecruzam, compondo um tipo de letramento digital múltiplo.

 

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RESUMO: O objetivo desta dissertação é analisar como crianças de 3 a 10 anos de idade leem app books literários (livros literários digitais) no contexto familiar. Para tanto, foi realizada, inicialmente, uma pesquisa de campo com três grupos de leitores – Grupo 1: Gabriel, 3 anos; Grupo 2: Elena, 4 anos e Isabella, 7 anos; Grupo 3: Ana Paula, 8 anos e Rafael, 10 anos. Previamente aos encontros, além de entrevistas com os pais, também foram selecionados e analisados oito app books e preparados roteiros de leitura a serem executados junto às crianças. Os encontros foram realizados na residência de cada família, onde foram gravados vídeos dos leitores em interação com as obras literárias digitais. O referencial teórico utilizado para fundamentar esta pesquisa é composto a partir de três principais áreas, a saber, Estudos Culturais e Educação, Estudos da Literatura Infantil, Estudos sobre obras literárias digitais (para adultos e crianças), sendo que os principais pesquisadores utilizados são Stuart Hall, Raymond Williams, David Buckingham, Frank Serafini, Danielle Kachorsky, Earl Aguilera, William Teale, Junko Yokota, Eliseo Verón, Marisa Lajolo, Regina Zilberman, Cristina Correro e Neus Real. A metodologia empregada para a realização da pesquisa consistiu em pesquisa bibliográfica relacionada, principalmente, à literatura digital infantil, análise de conteúdo dos app books, dos dados coletados a partir de gravações audiovisuais produzidas com as crianças a partir da leitura das obras, bem como das anotações em um caderno de pesquisa. Os principais resultados da pesquisa apontam para quatro tipos predominantes de reações, por parte dos leitores infantis: a) o zappeamento e o reconhecimento dos aplicativos literários como “jogos digitais”; b) insegurança para explorar os recursos dos aplicativos; c) engajamento espontâneo e; d) prazer estético-literário durante a leitura dos textos visuais e das animações. Na primeira reação verificada (a), constatou-se que o Grupo 1, principalmente, tentou acessar outros aplicativos de jogos ou partes dos app books que proporcionavam um maior nível de entretenimento. Por outro lado, o Grupo 2 manifestou insegurança (b) diante das possibilidades interativas dos app books, permanecendo imóveis em alguns momentos das práticas de leitura. Das reações observadas, quatro aspectos garantiram o engajamento espontâneo (c) e envolvimento durante a leitura nos três grupos de leitores, os quais são: a tatilidade dos dispositivos, os recursos de interação, as ilustrações e a ludicidade. Por último, em relação aos elementos estéticos-literários dos aplicativos, foi possível concluir que os desenhos e ilustrações criadas, principalmente para os aplicativos Spot, Mini Zoo e Chomp, chamaram a atenção das crianças durante a leitura. Uma das principais conclusões a que se pode alcançar com este estudo está relacionada com a presença de um mediador adulto durante a prática da leitura literária digital. Embora não tenham sido previstas atividades com uma mediação mais diretiva, tal fato permitiu verificar que o próprio dispositivo (tablet, ipad) exerce o papel do mediador.

 

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RESUMO: O objeto de estudo desta pesquisa é compreender as práticas de leitura de literatura digital de leitores jovens de 15 a 17 anos, oriundos de estratos socioeconômicos diferenciados, identificando as formas de ler, analisando as relações existentes entre as leituras de literatura digital e impressa nessas práticas, assim como o papel das instâncias e dos mediadores na construção de práticas de leitura de literatura digital pelos sujeitos. O aporte teórico da pesquisa teve caráter multidisciplinar, baseando-se em estudos sobre a história do livro e da leitura, sobre a literatura juvenil e a sociologia da leitura e, especialmente, em trabalhos que discutem a multimodalidade e os gêneros digitais literários na sociedade contemporânea. A investigação adotou uma perspectiva quantitativa e qualitativa. Foi aplicado um questionário a 342 jovens de uma escola pública e de uma escola particular. Em seguida, foram selecionados 68 leitores jovens, por meio de categorias referentes às práticas de leitura, e aplicado um questionário semiaberto. Por fim, seis leitores jovens foram selecionados e suas práticas de leitura literária digital foram acompanhadas, por meio de entrevistas semiestruturadas, ao longo de sete meses. Na tese, é traçado um perfil desses seis leitores jovens e são levantados dados sobre os gêneros literários mais lidos por eles. Os resultados mostram que a relação e a concomitância entre a leitura em suporte digital e impresso é explicada por vários aspectos que não se referem ao tipo de texto e nem aos gêneros digitais e digitalizados. Essas relações foram evidenciadas nas situações/espaços em que se lê em um ou em outro suporte, nas propriedades físicas dos objetos, na relação entre o corpo e o suporte, nos modos de acesso aos textos e às redes de sociabilidade literária na Internet que mesclam divulgação do impresso e do digital e, especialmente, na relação simbólica que os leitores jovens estabelecem com a literatura impressa e aquela divulgada ou produzida em meios digitais. Em vários casos, os leitores jovens demonstram uma conexão com a obra que extrapola seu formato. Nossa tese é a de que a oscilação entre as práticas de leitura literária no suporte digital e impresso, pelo leitor jovem, dependerá do tipo de acesso à obra desejada, se por empréstimo, gratuidade pela internet e por aquisição e não pela sua preferência por um suporte ou outro.

 

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