RESUMO: Desde que a literatura no Brasil começou a incorporar as escritas e os ambientes digitais (meados dos anos de 1990), diferentes formas de fruição e composição têm exigido da crítica literária um aprendizado acerca das estruturas hipermidiáticas nas quais a poesia agora se encontra também implicada. Na busca de entender essas poéticas que se apresentam não mais como promessas, mas sim como fatos observáveis, ocupamonos, no presente ensaio, de uma obra de literatura digital, Volta ao fim, para refletirmos sobre a escritura que hoje é também articulada na produção da poesia.
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RESUMO: Em plena Era da informação, é fundamental que se democratizem as ferramentas tecnológicas, um dos principais requisitos do novo mercado de trabalho, para que os novos recursos de comunicação e tecnologia não se transformem em um fator de aprofundamento de exclusão social. O Comitê para Democratização da Informática luta contra esse apartheid digital, desde que, há 5 anos, começou a promover a troca de idéias entre moradores de comunidades carentes no Rio de Janeiro e a arrecadação de computadores para realizar essa empreitada. Assim nasceu a primeira Escola de Informática e Cidadania (EIC) no morro Santa Marta. Hoje, já com o status de ONG, o CDI implanta seu modelo em várias comunidades do Brasil e do mundo, sempre replicando sua metodologia de estimular as EICs a buscar a sustentabilidade, além de dar apoio pedagógico, material e de manutenção. Para realizar essa missão, o comitê conta com a colaboração financeira de diversos parceiros dos setores privado e público, um esforço que já produziu histórias de sucesso para muitas pessoas, cujas vidas foram diretamente beneficiadas pela informática e seus recursos.
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RESUMO: Este trabalho busca refletir sobre a diversidade de recursos semióticos presente na literatura infantil contemporânea, analisando os efeitos dos avanços tecnológicos sobre o texto literário. Utilizando alguns conceitos originários dos estudos sobre a multimodalidade, analisa os potenciais de sentido resultantes da articulação entre recursos verbais e não verbais na literatura impressa e digital, a partir das obras Flicts, “A girafa” e “Cigarra”, da série “Ave, palavra”, de Angela Lago, e do aplicativo de literatura para crianças Es así, de Paloma Valdivia. A autora apresenta elementos para afirmar que o avanço dos estudos da multimodalidade contribui para melhorar a experiência literária por parte das crianças na contemporaneidade ao oferecer meios para conhecer e mediar os processos de interpretação e fruição de textos multimodais
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RESUMO: Neste artigo, discutimos a noção de multimodalidade assim como a importância desse conceito e dos diferentes modos de operar com ele, para que a noção de multiletramentos seja colocada em prática no contexto educacional. Para isso, partimos do pressuposto de que textos são multimodais por natureza, uma vez que diversas linguagens são articuladas na construção deles. Discutiremos indicações feitas pela BNCC a respeito do uso de textos multimodais e analisaremos propostas de atividades escolares, assim com produções multimodais de crianças no período de alfabetização. Apontamos a necessidade de que os professores evidenciem as camadas criadas pelas crianças em seus textos. Mostrar essas camadas, criadas a partir de diversos recursos semióticos, para os alunos vai ajudá-los a explorar as possibilidades de sentidos dos textos multimodais que leem e produzem.
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RESUMO: A leitura literária digital é compreendida como a leitura de literatura digital e de literatura digitalizada. Apresentamos os modos de ler literatura digital e digitalizada e o papel dos mediadores e instâncias de leitores jovens. A investigação adotou uma perspectiva quantitativa e qualitativa com aplicação de questionário a 342 jovens de estratos socioeconômicos diferenciados e acompanhamos as práticas de leitura de 6 leitores jovens. O aporte teórico baseia-se nos estudos sobre a história do livro e da leitura, da leitura literária digital e da sociologia. Verificamos que os modos de realizar as leituras literárias digitais variam segundo o tipo de obra, o tempo disponível para a leitura, o dispositivo digital utilizado, entre outros elementos que irão imprimir comportamentos e gestos diferenciados no ato da leitura. Destaca-se a importância dos colegas, da sociabilidade literária na Internet e da indústria cultural que se configuram como mediadores na formação dos leitores jovens.
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RESUMO: Ao compreender a leitura como uma atividade complexa que envolve uma relação intensa entre leitor e texto na produção de sentidos, o artigo objetiva apresentar uma reflexão teórica a respeito da ação leitora, de modo a abarcar as concepções sobre leitura como processo de interação e compreender as ações implicadas na relação entre o leitor e o texto impresso e multimodal. A reflexão baseia-se nos estudos de Smith (1999), Kleiman (1997), Solé (1998) e Koch e Elias (2007) na perspectiva cognitiva; Kress (2003), Kress e Bezemer (2009) na vertente da multimodalidade textual e Freire (2001) sobre a leitura em seu aspecto social, em interlocução com estudiosos da temática. A reflexão aponta para a pluralidade de ações e para o aspecto interacional entre o leitor e a multimodalidade textual.
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RESUMO: Este texto visa a analisar algumas formas e certas condições socioculturais de apropriação da cultura escrita digital de crianças herdeiras da cultura digital familiar. Os altos investimentos que as famílias das camadas sociais médias fazem em seus filhos permitem que essas crianças incorporem um capital cultural herdado, o que, por sua vez, possibilita uma maior desenvoltura com a cultura escrita digital. Tomando como pressupostos os estudos sobre a sociologia da família, mediante contribuições de P. Bourdieu, F. de Singly e B. Lahire, e sobre a história do livro e da leitura, com a colaboração dos estudos de R. Chartier e das pesquisas de P. Lévy relativas à cultura digital, este artigo visa a contribuir para evidenciar a importância da herança familiar na transmissão da cultura escrita digital. Desenvolvemos a investigação a partir de observação participante de aulas de informática em uma escola privada e de entrevistas com crianças, professores e pais. Os dados coletados pela pesquisa demonstram que os pais criam uma ambiência familiar para que seus herdeiros se apropriem da cultura escrita digital desde pequenos, incentivando-os, mas ao mesmo tempo controlando-os, nas atividades práticas de leitura e escrita na tela.
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RESUMO: O objetivo deste artigo é apresentar a análise dos dados coletados em uma pesquisa de campo em que foi realizada a leitura do book app “Meu Aplicativo de Folclore”, do poeta brasileiro Ricardo Azevedo, por crianças entre 3 e 10 anos de idade no contexto familiar. A pesquisa busca compreender como as crianças interagem com as estruturas de leitura previstas em aplicativos literários (book apps), aqui apresentados como: recursos de tela; recursos de transição; recursos de interação. Os resultados sugerem que as crianças têm preferência por obras com maior nível de interatividade e imersão, provavelmente devido a suas experiências prévias com jogos eletrônicos e outros tipos de aplicativos.
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RESUMO: Crianças cada vez menores se utilizam de dispositivos digitais, em geral móveis, para realizar várias atividades, inclusive, de leitura de obras literárias digitais e digitalizadas. Analisam-se aqui os dados de uma pesquisa realizada em 2017 e 2018 com crianças de 4 e 5 anos de idade e apresentam-se os eventos de letramento em atividades de leitura literária digital realizada pela professora em uma escola de Educação Infantil. Verificou-se que as crianças precisam aprender os gestos e o comportamento de leitura necessários para ler as obras digitais que possuem um maior nível de interatividade e multimodalidade. Elas inicialmente necessitam da orientação constante de um adulto para conseguir se engajar e construir sentido para o texto literário lido.
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RESUMO: O objetivo deste artigo é discutir sobre a leitura de aplicativos literários (book apps) por parte de crianças de 3 a 10 anos de idade, tomando, como base, atividades de leitura realizadas com os aplicativos Boum! e A Árvore dos Sonhos. Os principais autores utilizados para fundamentar, teoricamente, as análises aqui propostas são Teale e Yokota (2014), Sargeant (2015), Serafini, Kachorsky, Aguilera (2016), entre outros. Para atingir seus objetivos, o presente artigo está estruturado em três partes: na primeira, são apresentadas e discutidas as características dos book apps, além das pesquisas que vem sendo desenvolvidas sobre a literatura digital infantil; na segunda parte, apresentam-se os book apps Boum! e A Árvore dos Sonhos, juntamente com a análise dos dados referentes à interação das crianças com essas obras. Para finalizar, na terceira parte, são apontadas algumas das principais conclusões a que foi possível chegar com esta pesquisa.
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RESUMO: O acesso às novas tecnologias digitais pode interferir nas percepções e usos da leitura e da escrita por crianças que têm acesso à cultura escrita em meios digitais. A leitura e a escrita na tela, vivenciadas por crianças de camadas médias, é uma prática social que ocorre na escola e em casa, em decorrência do alto investimento que famílias e escolas fazem na transmissão das novas tecnologias. Tomando como pressupostos alguns estudos sobre a história da leitura e do livro e sobre o letramento digital, este artigo visa contribuir para evidenciar as percepções que crianças de camadas médias têm de um conjunto de práticas relacionadas à cultura escrita em suporte impresso e digital, em casa e na escola. A pesquisa foi desenvolvida com base na observação da sala de informática de uma escola privada e em entrevistas com professores, pais e crianças.
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RESUMO: In this article, we present an overview of the results of a survey conducted with Brazilian youngsters aged 15 to 18 years old, belonging to diverse socioeconomic strata. We have identified their means of search and access to the works and the experience of digital literary reading, considering that it includes the reading of works of both digital and digitized literature. We have based our research on studies about the history of books and reading, youth literature, sociology of reading, multimodality and digital literary genres. We applied a questionnaire to 342 youngsters, a semi-open questionnaire to 68 youngsters, and followed the practices of digital literary reading of 6 young readers through semi-structured interviews. Digital search environments are diverse, but not always easily understood by young readers. For each type of digital literary reading there are specific ways of accessing the digital environments that make them available.
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RESUMO: Nowadays children are part of the digital culture (Cassany, 2002), using its supports and involving themselves in different uses of digital written culture (Chartier, 2011, 2016). Are teachers considering these uses in pre-schools? How can we create teaching proposals that attend the learning conditions of young children? How do children deal with the devices, languages, and the particular uses of digital written culture? This text aims to reflect on the processes to incorporate digital technologies in the development of pedagogical activities of preschool teachers from two public schools in Brazil. The data was collected during a research done with four teachers of four to five-year-old children. The activities proposed were developed through a collaboration of the researchers and the teachers, considering their teaching demands and the children’s development. The results show that the teachers started to notice the importance of using digital technologies in the processes of appreciation of written culture. On the other hand, children are stimulated to become authors and to understand the digital support as one more instrument to think and interact with society.
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RESUMO: Este trabalho apresenta o desenvolvimento do projeto “Fotografia no Instagram” e a forma de implementação do smartphone na aula de fotografia no Ensino Superior. As atividades propostas tinham como objetivo ampliar o olhar sobre a fotografia contemporânea, dialogando com o conceito de Instagramismo, tendo como temática de investigação a linguagem fotográfica no Instagram. Ao final, foram realizadas práticas de edição e manipulação através de aplicativos móveis, como Photoshop Express e Lightroom, resultando na postagem dos trabalhos na plataforma.
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RESUMO: A leitura digital é realizada por crianças desde muito pequenas, por meio de dispositivos portáteis e multifuncionais, como tablets e smatphones, pertencentes cada vez mais às próprias crianças, e não aos pais. Diante dessa realidade de experiência de leitura digital, este artigo busca,com base em dados de pesquisas nacionais e internacionais, compreender o fenômeno a partir das habilidades para realizar a leitura de textos multimodais e por meio da maneira como crianças pequenas constroem o sentido dos textos digitais lidos. Habilidades de letramento digital podem ser aprendidas pelas crianças, desde bem pequenas, para que possam construir o sentido dos textos digitalizados e digitais de forma mais competente.
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RESUMO: O presente trabalho faz parte de uma pesquisa mais ampla desenvolvida como dissertação de mestrado. O objetivo principal é discutir sobre a temática da literatura digital, tendo como aporte teórico as reflexões de Landow (2006), Hayles (2008), Kirchof (2012). Nesse sentido, pretende-se em um primeiro momento, apresentar as principais discussões sobre a literatura digital a partir de seu surgimento nos anos 90 para, posteriormente, abordar alguns dos principais artistas e escritores no Brasil que investiram na criação de uma poética voltada para o ambiente digital. Em seguida, questiona-se o conceito de “literatura hipertextual”, baseado nas reflexões de Landow e Hayles, principalmente. A partir dos estudos de Hayles (2008), foi possível perceber uma ampla diversificação de obras digitais produzidas desde a fundação da Electronic Literature Organization (ELO), a qual promove a disseminação e produção da leitura, escrita, ensino e compreensão da literatura em sua forma digital. Partindo do pressuposto de que tais obras promovem a produção de novos artistas e, consequentemente, novos leitores, ao finalizar este artigo, faz-se destaque à obra Poemaps, criada pelo artista Rogério Barbosa da Silva. Poemaps trata-se de um espaço de criação e circulação de poesias georreferenciadas, sendo conhecido como “um labirinto de hipertextos”.
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RESUMO: Nos últimos anos, temos visto um aumento na produção de obras digitais para crianças, que, devido à sua singularidade e complexidade, abrem novas discussões sobre a prática da leitura mediada. Este artigo tem como objetivo refletir acerca das demandas de mediação necessárias para garantir o envolvimento das crianças em situações de leitura literária digital. Apresentamos análises de duas pesquisas realizadas no Brasil, a primeira envolvendo a leitura literária em dispositivos móveis, no contexto familiar, por crianças entre 3 e 10 anos de idade, e a segunda, a leitura de obras digitais no computador, por crianças de 5 anos de idade, no contexto escolar. As descobertas dos dois estudos apontam categorias e modos de mediação distintos, que se relacionam aos tipos de dispositivos em que foram realizadas as leituras, assim como às especificidades semióticas e de interação de cada obra. Verificamos que as crianças leitoras necessitam de orientação e motivação do adulto mediador para a execução de estratégias de leitura, para compreender o funcionamento da obra digital e conseguir se engajar de forma efetiva e autônoma.
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RESUMO: Este artigo traz reflexões de uma investigação, de caráter colaborativo, sobre como as crianças, em processo de alfabetização, atuam em ambientes digitais com a linguagem verbal e outros recursos multimodais em eventos de uso de jogos, de produção de quadrinhos e de leitura de literatura digital e digitalizada. Baseamo-nos em estudos sobre história da cultura escrita, do livro e da leitura (Chartier), sobre literatura digital (Hayles), letramento (Street) e multimodalidade (Kress e Bezemer; Jewitt). Concluímos que as crianças, em período de apropriação do sistema de escrita alfabética, interagem com a escrita e a leitura de textos verbais e não-verbais, a partir de uma mediação adequada de professores e de colegas. Os recursos semióticos e multimodais presentes/acentuados em ambiente digital também ampliam a sua compreensão sobre os usos sociais da cultura escrita.
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RESUMO: Este artigo apresenta uma experiência realizada em um contexto informal de aprendizagem, com alunos de escolas públicas e privada no município de Osório, Rio Grande do Sul. Foram realizadas atividades de visualização e criação com a Realidade Virtual, as quais visavam explorar o processo de implementação da aplicação SculptrVR, a partir da criação de objetos e formas livres no ambiente virtual. A experiência apoia-se na abordagem educacional STEAM (Science, Technology, Engineering, Arts and Mathematics), por meio da solução de problemas, reflexão individual e criação colaborativa.
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RESUMO: Este artigo tem como objetivo apresentar uma revisão sistemática de pesquisas e aplicações da realidade aumentada em livros infantis. Para isso, foi realizado um levantamento bibliográfico nas principais bases internacionais no período de 2012 a 2017. Para a pesquisa, foram selecionados 21 estudos que abordam o tema. Os resultados das análises confirmam o caráter lúdico e imersivo proporcionados pela tecnologia RA, colaborando no desenvolvimento da aprendizagem de crianças durante as práticas de leitura.
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RESUMO: O artigo apresenta o recorte de uma análise empreendida a partir da leitura do livro-aplicativo Chomp, do autor Christoph Niemann, por duas crianças de 7 e 8 anos de idade no contexto familiar. As análises estão ancoradas nos modos de interação definidos pela área da narratologia de obras digitais interativas (RYAN, 2006) e no pressuposto teórico de Serafini, Kachorsky e Aguilera (2015, 2016) a respeito de suas estruturas visuais e tecnológicas. Os resultados apontam que a mediação da leitura poderia enriquecer as experiências estético-literárias propiciadas pelos textos visuais e animações do livro-aplicativo, os quais promoveram a imersão das crianças na obra. O trabalho indica também, possíveis caminhos para a utilização de estratégias de leitura com obras digitais infantis.
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RESUMO: O objetivo deste trabalho é analisar comparativamente a leitura de aplicativos literários na primeira infância nas situações de leitura independente, entre pares e compartilhada com os pais. Os dados provêm de dois estudos qualitativos que investigaram a resposta infantil na leitura digital. O primeiro estudo observou seis famílias de crianças de 4 anos residentes na Inglaterra, durante a prática de leitura compartilhada dos aplicativos Little Red Riding Hood (2013) e The Monster at the End of This Book (2011). O segundo estudo observou duas famílias com crianças de 3 a 7 anos no Brasil, lendo Petting Zoo (2013) e Chomp (2016), durante práticas de leitura individual e de leitura entre pares/irmãos. Quatro aspectos foram analisados: a linearidade da leitura, a exploração das funções interativas, a incidência de frustração e os padrões de comunicação verbal.
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